segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Como comprimentar no Brasil

E aí, tudo beleza?

Esta semana andei por São Paulo a visitar clientes.
Sabiam que São Paulo é a cidade com mais heliportos no mundo? Estava eu no 23º andar de um prédio na av Juscelino Kubitschek (nome de um antigo presidente da república brasileira, um visionário que mandou construir Brasília, diz-se que se costumava consultar com uma cartomante e gostava muito de cristais, morreu em circunstâncias pouco claras num acidente de carro), à espera da directora de sistemas de informação de um banco, eu cheguei 1h e meia atrasado e ela resolveu dar-me o troco (o trânsito em sampa é para esquecer), olhei pela janela e vejo um helicóptero a trazer um executivo do prédio da frente, achei aquilo demais, tenho de propor lá na empresa para eu começar a ser transportado de helicóptero, o Luiz diz que é baratinho.

O início das apresentações e/ou reuniões é sempre estranho, meio frio, cada um fica na sua sem querer mostrar fraquezas, dá-se um aperto de mão frouxo, troca-se cartões de visita e dizem-se umas piadas de circunstância. Se a reunião correu bem e foi com uma mulher, a parte da despedida é sempre complicada, normalmente eu estou com a adrenalina no máximo, empolgado com a apresentação e isso faz com que eu seja super desastrado e descoordenado.
2 das reuniões que tive esta semana tiveram mulheres do outro lado, no final da reunião no tal banco, a directora de TI desceu comigo no elevador e despediu-se, eu estendi a mão e ela puxou-me e deu-me 2 beijos na face e elogiou a apresentação. No final da outra reunião cena parecida, eu estendo a mão, ela puxa e dá-me um beijo, o 2ª eu dei na atmosfera e fiz figura de parvo.

No rio de Janeiro dá-se 2 beijos na cara às mulheres, em são paulo é apenas 1, no norte do Brasil acho que são 4. Muito complexo!

Quando saímos da reunião no banco, eu e o Luiz apanhamos um táxi, o condutor era todo estranho, tinha à vontade uns 2 metros e conduzia um ford fiesta. Deixamos o Luiz a meio do caminho e eu continuei no táxi até à estação de metro mais próxima. O condutor resolveu abrir o livro e contou-me a aventura que tinha tido no final de semana: pegou 2 escortes gostosas, "pô mano daquelas tops mesmo", levou elas para a praia, alugou uma lancha e desbundou à grande, gastou uns 10 mil reais na diversão, segundo ele. No final do conto ele vira-se para mim e diz: "pô mano, me deu um branco agora, onde é que nós estamos mesmo? pra onde é que tu quer ir?", eu fiquei a olhar para ele, com vontade de me rir e só disse: "maior, eu não faço a mínima ideia de onde estamos, não conheço a cidade e só quero ir para a estação de metro mais próxima". O homem parou o taxímetro, encostou o táxi e foi perguntar onde estava, depois deixou-me no metro. Vim até São josé dos Campos a rir-me com aquele encontro imediato de 3º grau.

O meu senhorio convidou a mim e à Joanina para um jantar social com uns casais amigos dele. Quinta às 9h, eu a Joanina e os jovens fomos ter com ele ao trabalho, ele pediu para esperarmos por uma amiga dele que também vinha com a gente. Aguardamos e quem é que aparece?
Lembram-se da festinha de aniversário que nós fomos? Da mãe da criança que tinha vestido um mini-vestido rosa em forma de balão? Pois é, era ela a amiga que estávamos à espera. Desta vez vinha com uma outra mini-saia leopardo.
Fomos para o carro dele, eu abri a porta do pendura e a amiga entra e dobra-se à minha frente, diz que tinha de arrumar umas coisas, ela estava de mini-saia que subiu na hora e deixou o pernão dela de fora. Meu, eu lembrei de todas as constituições de equipa do Porto, olhei para todos os lados, contei as matrículas dos carros que estavam estacionados à volta, fiz tudo para não olhar para as pernas dela. A Joanina olhava para mim e tentava não se rir.
Durante o jantar ela vira-se para a Joanina e diz: "menina, tou tomando umas pastilhas que são meias afrodisíacas, pior que são 4. Ando num fogooooooo". O meu senhorio deve ter ouvido o desabafo, na hora pediu a conta e quis ir levar a amiga a casa.

Na próxima semana vem ao Brasil uma missão empresarial, patrocinada pelo governo português, vou andar em digressão por aí, o pior é que vou ter de voltar ao Rio de Janeiro e desta vez vou ficar num hotel na zona sul, que chatice!!!!

Uma semana com empresários tugas no Brasil, promete isto! Não percam as próximas aventuras.

Divirtam-se!!!!

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