sábado, 22 de agosto de 2009

A festinha

Domingo passado o Mateus e o Filipe foram convidados para a festinha de aniversário de 4 anos da filha do nosso senhorio.
Eu estava habituado às festinhas de aniversário em Portugal onde os pais vão lá despejam as crianças, vão passear e depois lá para as 7h vão buscar os jovens. Aqui a parada é ligeiramente diferente :)
Todo o mundo participa na festa, crianças, pais, a cabeleireira da mãe da criança, a manicure, pedicure, a ama, o marido da cabeleireira, o primo do cunhado do vizinho da ama. É um evento para a galera toda.
Os pais do aniversariante têm que desembolsar uma boa nota porque para além de comprarem a comida, as bebidas (cervejinha gelada e em quantidade não pode faltar), bolos e doces, têm de contratar tambem o pessoal que toma conta das criancinhas, dos brinquedos, do carrinho da pipoca e do carrinho do algodão doce.
Às 5h da tarde lá estavamos nós, eu tomei banho e tudo. Chegando lá fomos recebidos pelo meu senhorio que nos apresentou à mãe e a algumas pessoas que por lá andavam.
Passado um pouco chegou a mãe da aniversariante e o meu queixo caíu, a joanina ficou de boca aberta e veio logo coxixar comigo: a mãe vinha com um micro vestido rosa choque. Quando falo micro, é micro mesmo, aquilo acabava mesmo abaixo do bumbum, quando ela se abaixava para cumprimentar alguem o vestido subia e deixava o popozão de fora. Uma maravilha!
O vestido em si era horrivel, era em forma de balão e eu cantava interiormente a música sobe sobe balão sobe. Estava um gajo na mesa do lado que não tirava os olhos daquela mãe, eu e a joanina olhavamos para ele e ríamos.
Passado um bocado, o namorado da mãe da criança apareceu a oferecer uma bebida côr de rosa, era um licorzinho de vinho, disse ele. Eu aceitei um bocado para provar e aquilo era leite condensado batido com vinho brasileiro, ou seja era uma coisa extremamente doce, mas como estava fresquinho descia bem.
O vinho brasileiro que se vende nos supermercados é muito mau! Aquele vinho de cartão que se vende nos supermercados tugas, comparado com o daqui, é uma maravilha! O vinho aqui é adocicado, tem nomes como canção, sangue de boi, dom bosco, cantina da serra e dá uma ressaca violenta. Tem vinhos brasileiros razoáveis, são feitos no sul do Brasil, mas são caros!
Lá me misturei com os convidados da festa e passado um bocado a mulher do carrinho das pipocas veio perguntar-me se eu era argentino ou português. Disse de onde era e ficamos a conversar os dois, num instante fiquei a saber que ela tinha conhecido o marido numa viagem para aparecida do norte, íam os dois no mesmo onibus e ela não conseguia parar de olhar para ele, ele estava com uma outra mulher do lado (sabe como é que é meu filho, homem é tudo safado). Eu ria com ela, a mulher do carrinho do algodão doce veio tambem juntar-se à conversa e a coisa animou.
Lá para as 8 chegou a parte de cantar parabens: vai toda a gente para a frente da mesa do bolo, canta-se a musiquinha, come-se o bolo e logo a seguir acaba a festa.
Aí vem a melhor parte, as empregadas vêm e fazem a pilhagem do que sobrou, a mulher do algodão doce estava meter num saco os brigadeiros, bolinho de coco, salgados. Olhava para mim e ría nervosamente enquando dizia: "é para levar para os meus filhos".
Às 8 e meia ja estavamos em casa!


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